PROGRAMAÇÃO
1) Ementa:
Desafios teóricos e práticos. Conceituação básica: cisne negro e o padrão crise” na comunicação. A convergência de riscos: mídia tradicional e digital. Poder público e política no Brasil: mapeamento de riscos. Lições sobre o inesperado.
2) Justificativa:
Na administração pública – objeto de intensa cobertura da imprensa e novas mídias, alvo das ações de fiscalização de agências reguladoras e órgãos de controle, de grupos de pressão e da atividade parlamentar – a gestão de riscos é agenda permanente. A admirável capacidade de multiplicação desordenada de conteúdos e a consolidação de novos formatos de informação, geram redobrado cuidado sobre a reputação das instituições e de suas lideranças. Como enfrentar à catástrofe da exposição negativa e como resistir aos impactos de eventos críticos? É possível antecipar e prever? Embora instrumentos de prevenção e mitigação de crises sejam imprescindíveis, os riscos no novo ecossistema informativo – cuja característica central é a velocidade – desafiam as respostas tradicionais. Deve-se levar em conta o aleatório, a permanente incerteza e o impacto de algo não previsto. A qualificação dos gestores da área de comunicação para o gerenciamento de crises consiste, sobretudo, na capacidade de construir estratégias de resilência.
3) Objetivos do curso:
Proporcionar capacidade teórica-analítica para compreender a especificidade das crises de comunicação na esfera das instituições e órgãos do Estado;
Permitir ao gestor a identificação correta sobre a gênese das crises e os desdobramentos imediatos (ações reativas e proativas);
Consolidar a cultura preventiva (planejamento) e apresentar instrumentos e ferramentas úteis para o gerenciamento de crises (planos de emergência/contingência, manuais, etc.);
Estudar e comparar diferentes situações de crise;
Captar as estratégicas dos atores sociais e grupos de pressão durante os processos de crise de comunicação;
Qualificar os agentes públicos para atuar estrategicamente em situações de crise;
4) Benefícios/resultados esperados:
Ao final do módulo os gestores de comunicação estarão mais habilitados para:
enfatizar mais a gestão de riscos (identificar e conhecer, mapear);
incorporar a dimensão “política” no gerenciamento de crises;
desenvolver políticas e práticas de atuação inspiradas nos princípios apresentados: incorporar no dia-a-dia profissional as modernas ferramentas de gestão de comunicação em situações de crise;
5) Programa do curso:
Revisão de conceitos: a relevância do desconhecido.
A administração pública: riscos políticos e de gestão/formulação de políticas públicas.
Como lidar com a vulnerabilidade e incertezas da política.
Instrumentos e procedimentos: qual melhor modelo para antecipar, reagir e sobreviver.
Lições práticas: a necessidade de cultivar a resiliência.
6) Metodologia aplicada:
Exposições; debates; sessões de vídeos; discussão de situações práticas no cotidiano da comunicação pública;
7) Indicações bibliográficas:
TALEB, Nassim. A lógica do cisne negro: o impacto do altamente improvável. Rio de Janeiro. Editora BestBusiness, 2018.
WEBER, Maria Helena; COELHO, Marja Pfeifer e LOCATELLI, Carlos (org.). Comunicação pública e política: pesquisas e práticas. Florianópolis, Ed. Insular, 2017.
THOMPSON, John B. O escândalo político: poder e visibilidade na era da mídia. Rio de Janeiro, Editora Vozes, 2002.