Da Execução à Estratégia: A Comunicação Interna que Transforma Organizações
Fabio Di Renzo
04 nov 2025
Durante muito tempo, a Comunicação Interna foi vista como uma área de execução: responsável por enviar comunicados, criar campanhas e garantir que as mensagens chegassem aos colaboradores.
Mas o cenário mudou. O mercado mudou. E, com ele, o papel do comunicador também.
As empresas começaram a entender que comunicar não é apenas “informar” — é engajar, alinhar e gerar sentido.
E o comunicador que compreende isso passa a atuar como protagonista da transformação, alguém que conecta negócios e pessoas, traduz estratégias em linguagem acessível e, principalmente, atua lado a lado com os líderes.
Comunicação é comportamento. É cultura viva. É o elo entre o que a empresa diz e o que as pessoas percebem e sentem no dia a dia.
Quando a Comunicação Interna assume um papel estratégico, ela passa a influenciar decisões, contribuir com diagnósticos organizacionais e ajudar líderes e RHs a fortalecerem conexões genuínas.
Deixa de ser o setor que “dispara e-mails” para se tornar aquele que sustenta confiança, engajamento e pertencimento.
Mas essa mudança não acontece por acaso.
Ao longo destes 30 anos de trabalho, desenvolvi o conceito dos 10 Pilares para Potencializar a Comunicação Interna — um modelo que ajuda empresas a entenderem onde estão e o que precisam fazer para avançar nessa jornada de maturidade comunicacional.
São eles:
- Alinhamento – Alinhamento de narrativas e de propósitos.
- Ambiente – É importante dar clareza aos profissionais que atuam com esta atividade.
- Assuntos – O desafio é trazer temas, materiais e conteúdos que sejam relevantes para empresa e para os colaboradores.
- Aderência – O quanto seus colaboradores se envolvem e participam das ações
- Agilidade – Agilidade na aprovação e na divulgação para as equipes.
- Atratividade – Foco na qualidade das imagens, no visual atrativo dos materiais, dos textos e nas mensagens divulgadas.
- Agenda – Estabeleça uma agenda, uma periodicidade, uma frequência do envio dos comunicados para evitar distrações das equipes.
- Tradições – Comunicação não é só comunicar. É saber como dizer.
- Dia a Dia – Comunicação não é só informar. É trazer coerência entre o que se diz e o que se pratica.
- Estratégia – Comunicação não é só falar do dia a dia. É preparar os times para o desafio que uma hora vai chegar
Esses pilares formam uma base sólida para transformar a comunicação de um papel operacional em um ativo estratégico.
Não se trata apenas de melhorar fluxos, mas de reposicionar o comunicador como um parceiro de gestão, alguém que pensa o negócio, orienta líderes e constrói pontes entre estratégia e execução.
Em um mundo de sobrecarga informacional, o diferencial não está em falar mais, e sim em falar melhor.
Com propósito, coerência e escuta ativa, a Comunicação Interna deixa de ser o “meio” e se torna o motor da confiança, da cultura e da conexão dentro das empresas.

