Marcas no radar da IA: brand publishing e inteligência artificial
A inteligência artificial mudou a forma como as pessoas consomem informação. Ferramentas como ChatGPT, Gemini e Perplexity processam bilhões de consultas diárias, oferecendo respostas diretas, sem necessidade de navegar por múltiplos sites. Essa transformação exige que marcas repensem suas estratégias de comunicação e conteúdo.
O fenômeno representa uma evolução natural na história da comunicação. Assim como a imprensa de Gutenberg democratizou o acesso ao conhecimento no século XV e a internet eliminou barreiras geográficas no século XX, a IA agora personaliza e acelera o acesso à informação. A diferença está na velocidade: enquanto mudanças anteriores levaram décadas para se consolidar, a adoção de ferramentas de IA acontece em meses.
Mudança no comportamento de busca
O Search Engine Optimization (SEO) tradicional focava em posicionar conteúdos nos primeiros resultados do Google. Agora, surge o Answer Engine Optimization (AEO), que prioriza fornecer respostas diretas por meio de assistentes virtuais. Quando alguém pergunta “como fazer marketing de conteúdo”, ferramentas de IA sintetizam informações de múltiplas fontes e apresentam uma resposta consolidada.
Essa mudança altera fundamentalmente o funil de consumo de informação. Antes, os usuários clicavam em links e navegavam por sites completos. Hoje, obtêm respostas imediatas sem sair da interface da IA. Para as marcas, isso significa que a visibilidade não depende mais apenas de ranking em buscadores, mas de como seus conteúdos são interpretados e citados por algoritmos de IA.
Dados da Epsilon mostram que 94% dos profissionais já utilizam IA no trabalho. Esse número indica que a tecnologia deixou de ser experimental para se tornar ferramenta cotidiana. Marcas que não adaptarem suas estratégias de conteúdo correm o risco de perder relevância nesse novo ecossistema.
Estratégias para o novo cenário
A adaptação exige mudanças práticas na produção de conteúdo. Primeiro, marcas devem criar materiais que respondam perguntas específicas de forma clara e estruturada. Artigos extensos e genéricos perdem eficácia quando algoritmos buscam informações precisas para sintetizar.
Segundo, a autoridade temática ganha importância. Ferramentas de IA priorizam fontes confiáveis e especializadas. Marcas que publicam consistentemente sobre seus nichos de expertise têm maior probabilidade de serem citadas como referência. Isso reforça a importância do brand publishing como estratégia de posicionamento.
Terceiro, a otimização deve considerar tanto SEO quanto AEO. Enquanto o SEO mantém relevância para tráfego direto, o AEO garante presença nas respostas geradas por IA. Conteúdos devem incluir estruturas de dados, perguntas frequentes e informações organizadas hierarquicamente.
Oportunidades no brand publishing
O cenário atual oferece oportunidades para marcas que investem em conteúdo próprio. Plataformas de brand publishing permitem controle total sobre narrativa e posicionamento, elementos cruciais quando algoritmos de IA selecionam fontes para citação.
Marcas com hubs de conteúdo estabelecidos têm vantagem competitiva. Seus materiais servem como base de conhecimento para ferramentas de IA, garantindo presença nas respostas fornecidas aos usuários. Essa dinâmica transforma conteúdo de marca em infraestrutura de informação.
Além disso, o hub de conteúdos se transforma em uma base de dados de informação organizada, onde agentes podem ser desenvolvidos para otimizar tanto a produção quanto o consumo dos conteúdos publicados pela marca:
Capacitação para o novo contexto
A evolução da IA na comunicação exige profissionais preparados para gerenciar operações de conteúdo de marca. A Escola Aberje oferece um curso específico sobre brand publishing, a ser realizado em 19, 21 e 26 de agosto e 2 de setembro de 2025. O programa aborda desde os fundamentos estratégicos do brand publishing até as ferramentas e técnicas necessárias para gerenciar uma operação de conteúdo de marca de ponta.
O programa contempla as competências essenciais que a disciplina demanda, preparando profissionais para atuar como gestores de mídia proprietária.
